quinta-feira, 22 de outubro de 2009

prova de filosofia moderna - intermedia

Prova 1


Nome: -------------------------------------------------------------------------Nº ------------------


Data: -------------------------------------------------------------------------------

Professor: Benedito


Filosofia Moderna

1. Thomas Hobbes escreveu que “Uma lei de natureza (lex naturalis) é um preceito ou regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual se proíbe a um homem fazer tudo o que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservála, ou omitir aquilo que pense poder contribuir melhor para preservá-la.”
HOBBES, Thomas.
Leviatã, ou matéria, forma e poder de um Estado Eclesiástico e Civil. São Paulo: Nova Cultural, 1988. Coleção “Os Pensadores”. p.79.
Assinale a alternativa correta. (UFU 2003)

A condição natural do homem é a perfeita harmonia em relação ao seu semelhante.
A lei primeira e fundamental da natureza é procurar a paz e segui-la.
No estado de natureza, os homens são governados pela razão divina.
No estado de natureza, o homem não tem direito a todas as coisas, por isso, ele tem segurança.

2. (UFU - 2001) - Leia com atenção a citação e, em seguida, analise as assertivas.
"E, tendo notado que nada há no eu penso, logo existo, que me assegure de que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, julguei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos mui clara e mui distintamente são todas verdadeiras, havendo apenas alguma dificuldade em notar bem quais são as que concebemos distintamente."

(DESCARTES,
Discurso do Método . São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 55. Coleção "Os Pensadores")

I- Este "eu" cartesiano é a alma e, portanto, algo mais difícil de ser conhecido do que o corpo.

II- O "eu penso, logo existo" é a certeza que funda o primeiro princípio da Filosofia de Descartes.
III- O "eu", tal como está no Discurso do Método, é inteiramente distinto da natureza corporal.
IV- Ao concluir com o "logo existo", fica evidente que o "eu penso" depende das coisas materiais.

Assinale a alternativa cujas assertivas estejam corretas.

A) Apenas II e IV.
B) I, II, IV.
C) Apenas III e IV.
D) Apenas II e III.

3. A relação homem-natureza consome a maior parte das obras de Rousseau, que seguiu uma direção peculiar assentada na crítica ao progresso das ciências e das artes. A este respeito, pode-se afirmar que
I - prevalece, nos escritos de Rousseau, a moral fundada na liberdade, a primazia do sentimento sobre a razão e, principalmente, a teoria da bondade natural do homem.
II - o bom selvagem ou o homem natural é dotado de livre arbítrio e sentido de perfeição, sentimentos esses corrompidos com o surgimento da propriedade privada.
III - o bom selvagem, descrito por Rousseau, possui uma sabedoria mais refinada que o conhecimento científico, o que confirma a completa ignorância da cultura letrada.
IV - Rousseau não defende o retorno do homem à animalidade, ao contrário, é preciso conservar a pureza da consciência natural, isto é, alcançar a verdadeira liberdade.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas. (UFU 2002)

I, III e IV
II, III e IV I, II e IV I, II e III


4. “- O que significa exatamente essa expressão antiquada: ‘virtude’?
– perguntou Sebastião.
- No sentido filosófico, compreende-se por virtude aquela atitude de, na ação, deixar-se guiar pelo bem próprio ou pelobem alheio – esclareceu o senhor Barros.
- O bem alheio? – perguntou Sebastião.
- Sim – disse o senhor Barros. – É verdade que a coragem e a moderação são virtudes, em primeiro lugar, para consigo mesmo, mas também há outras virtudes, como a benevolência, a justiça e a seriedade ou confiabilidade, ou seja, a qualidade de ser confiável, que são disposições orientadas para o bem dos outros.” (TUGENDHAT, Ernst; VICUÑA, Ana Maria; LÓPES, Celso. O livro de Manuel e Camila: diálogos sobre moral. Trad. de Suzana Albornoz. Goiânia: Ed. da UFG, 2002. p. 142.)
Com base no texto, é correto afirmar:(UEL 2004)

a) As ações virtuosas são reguladas por leis positivas, determinadas pelo direito, independentemente de um princípio de bem moral.
b) A virtude limita-se às ações que envolvem outras pessoas; em relação a si próprio a ação é independente de um princípio de bem.
c) A ação virtuosa é orientada por princípios externos que determinam a qualidade da ação.
d) Ser virtuoso significa guiar suas ações por um bem, que pode ser tanto em relação a si próprio quanto em relação aos outros.
e) As virtudes são disposições desvinculadas de qualquer orientação, seja para o bem, seja para o mal.

5. (UFU - 2000) - Jean-Jacques Rousseau ( 1712-1778) faz parte dos contratualistas, porém tem uma posição inovadora em relação a Hobbes e a Locke, quanto ao conceito de soberania. Para ele,
A) a democracia direta impede que os cidadãos vivam em paz, pois libera as paixões que impedem essa paz.
B) soberano é o poder executivo, que tem o poder absoluto para garantir paz ao povo.
C) é necessário distinguir os conceitos de soberano e de governo, atribuindo ao povo a soberania inalienável e indivisível.
D) a vontade geral institui o governo, que submete o povo, para garantir a paz, não podendo, portanto, ser destituído.

6. (UFU - 2001) - David Hume, filósofo do século XVIII, partindo da teoria do conhecimento, sustentava que

I- o sujeito do conhecimento opera associando sensações, percepções e impressões recebidas pelos órgãos dos sentidos e retidas na memória.
II- as idéias nada mais são do que hábitos mentais de associações e impressões semelhantes ou de impressões sucessivas.
III- as idéias de essência ou substância nada mais são que um nome geral dado para indicar um conjunto de imagens e de idéias que nossa consciência tem o hábito de associar por causa das semelhanças entre elas.

Assinale

A) se I, II e III estiverem corretas.
B) se apenas I e II estiverem corretas.
C) se apenas II e III estiverem corretas.
D) se apenas I e III estiverem corretas.
E) se nenhuma estiver correta.

7. Nome da filha de Descartes que morreu:
Francine Heléne Elizabete Christina Marie



8. “Tomemos [...] este pedaço de cera que acaba de ser tirado da colméia: ele não perdeu ainda a doçura do mel que continha, retém ainda algo do odor das flores de que foi recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, são patentes; é duro, é frio, tocamo-lo e, se nele batermos, produzirá algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, é aproximado do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se, mal o podemos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá. A mesma cera permanece após essa modificação? Cumpre confessar que permanece: e ninguém o pode negar. O que é, pois, que se conhecia deste pedaço de cera com tanta distinção? Certamente não pode ser nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição , encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesmacera permanece.” (DESCARTES, René. Meditações. Trad. deJacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural,1996. p. 272.)
Com base no texto, é correto afirmar que para Descartes:(UEL 2004)

a) Os sentidos nos garantem o conhecimento dos objetos, mesmo considerando as alterações em sua aparência.
b) A causa da alteração dos corpos se encontra nos sentidos, o que impossibilita o conhecimento dos mesmos.
c) A variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos revela que o conhecimento destes excede o conhecimento sensitivo.
d) A constante variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos comprova a inexistência dos mesmos.
e) A existência e o conseqüente conhecimento dos corpos têm como causa os sentidos.

9. (FUVEST - 2001) - "É praticamente impossível treinar todos os súditos de um (Estado) nas artes da guerra e ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados".
(Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578).
Essa afirmação revela que a razão principal de as monarquias européias recorrerem ao recrutamento de mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à necessidade de


a) conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei.
b) completas as fileiras dos exércitos com soldados profissionais mais eificientes.
c) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as demais classes contra o rei.
d) manter desarmados camponeses e trabalhadores e evitar revoltas.
e) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes.

10. “Para Hume, portanto, a causalidade resulta apenas de uma regularidade ou repetição em nossa experiência de uma conjunção constante entre fenômenos que, por força do hábito acabamos por projetar na realidade, tratando-a como se fosse algo existente. É nesse sentido que pode ser dito que a causalidade é uma forma nossa de perceber o real, uma idéia derivada da reflexão sobre as operações de nossa própria mente, e não uma conexão necessária entre causa e efeito, uma característica do mundo natural.” (MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 183.)
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre causalidade em Hume, é correto afirmar:(UEL 2004)

a) A experiência prova que a causalidade é uma característica do mundo natural.
b) O conhecimento das relações de causa e efeito decorreda experiência e do hábito.
c) A simples observação de um fenômeno possibilita ainferência de suas causas e efeitos.
d) É impossível obter conhecimento sobre a relação de causa e efeito entre os fenômenos.
e) O conhecimento sobre as relações de causa e efeito independe da experiência.



11. (UFU - 2001) - Cartesius era o nome latino de Descartes. Daí, denominarem de cartesiano o pensamento do filosófo francês, Descartes.

Assinale a alternativa que caracteriza, corretamente, o pensamento cartesiano.

A) As idéias inatas são obscuras e falsas, já que o verdadeiro conhecimento "vem de fora".
B) As idéias inatas resultam, exclusivamente, da capacidade de pensar do homem, por isso, são verdadeiras, já que não nascem com eles.
C) O fundamento do pensamento é a dúvida, já que é puro pensamento.
D) Para Descartes, Deus, era um ser perfeito e, nesse sentido, não se pode provar sua existência.

12. UEL 2005 -“Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.
I. O direito à liberdade e à propriedade são dependentes da instituição do poder político.
II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes violarem as condições do pacto político.
III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente.
IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá sempre de seu consentimento.
Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

13. Muito citado e pouco conhecido, Nicolau Maquiavel é um dos maiores expoentes do Renascimento e sua contribuição determinou novos horizontes para a filosofia política. A respeito do conceito de virtú, analise as assertivas abaixo.
I – A virtú é a qualidade dos oportunistas, que agem guiados pelo instinto natural e irracional do egoísmo e almejam, exclusivamente, sua vantagem pessoal.
II – O homem de virtú é antes de tudo um sábio, é aquele que conhece as circunstâncias do momento oferecido pela fortuna e age seguro do seu êxito.
III – Mais do que todos os homens, o príncipe tem de ser um homem de virtú, capaz de conhecer as circunstâncias e utilizá-las a seu favor.
IV – Partidário da teoria do direito divino, Maquiavel vê o príncipe como um predestinado e a virtú como algo que não depende dos fatores históricos.

Assinale a ÚNICA alternativa que contém as assertivas verdadeiras. (UFU 2003)

I, II, e III
II e III
II e IV II, III e IV




14. Segundo Hobbes (1588-1679), podemos definir estado de natureza como sendo o lugar onde: (UFU 2002)
todos são bons por natureza, mas a vida em sociedade os corrompe.
os homens são bons, “bons selvagens inocentes”, vivendo em estado de felicidade original.
todos são proprietários de suas vidas, de seus corpos, de seus trabalhos, portanto, todos são proprietários.
reina o medo entre os indivíduos, que temem a morte violenta, que vivem isolados e em luta permanente, guerra de todos contra todos.

15. (UFU - 2001) - Assinale a alternativa INCORRETA.
A) todos que são proprietários de suas vidas, de seus corpos, de seus trabalhos, isto é, todos são proprietários.
B) todos os operários, pois fazem parte da sociedade civil, portanto, podem governar como qualquer cidadão, pois é sua prerrogativa.
C) todos os homens, já que a primeira coisa que o homem possui é o seu próprio corpo; assim, todo homem é proprietário de si mesmo e de suas capacidades.
somente aqueles que podem governar, isto é, os homens de fortuna, pois somente esses podem ter plena cidadania.

16. (UFU - 1998) - Na sua obra "Crítica da Razão Pura", Kant formulou uma síntese entre sujeito e objeto, mostrando que, ao conhecermos a realidade do mundo, participamos da sua construção mental. Segundo Kant, esta valorização do sujeito (possuidor de categorias apriorísticas) no ato de conhecimento, representou, na Filosofia, algo comparável à
A) previsão da órbita do Cometa Halley no sistema solar.
B) revolução de Copérnico na Física.
C) invenção do telescópio por Galileu Galilei.
D) Revolução francesa que derrubou o Ancien Régime.
E) invenção da máquina a vapor.

17. (FUVEST - 2001) "Em verdade é maravilho refletir sobre a grandeza que Atenas alcançou no espaço de cem anos depois de se livrar da tirania ... Mas acima de tudo é ainda mais maravilhoso observar a grandeza a que Roma chegou depois de se livrar de seus reis."
(Maquiavel,
Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio
Nesta afirmação, o autor:


a) critica a liberdade política e a participação dos cidadãos no governo.
b) celebra a democracia ateniense e a República romana.
c) condena as aristocracias atenienses e romanas.
d) expressa uma concepção populista sobre a antigüidade clássica
defende a pólis grega e o império romano.

18. Marie François de Pesnel é mãe de :
Descartes
Montesquieu
Rousseau
Diderot Voltaire

19. (UFU -1998) - Para Locke, os homens em estado de natureza são, cada um, juiz em causa própria; assim é necessário constituir a sociedade civil mediante contrato social para organizar a vida em sociedade. Isto se daria através do pacto, tornando legítimo o poder do Estado. Para ele, o poder
A) encontra-se na soberania do poder executivo.
B) é confiado aos governantes e não pode ser contestado em hipótese alguma.
C) é confiado aos governantes, podendo haver insurreicão, caso eles não visem o bem público.
D) é absoluto e não há possibilidade de instituir-se um novo pacto.
E) é instituído pela vontade geral.


20. De acordo com David Hume, “... embora nosso pensamento pareça possuir esta liberdade ilimitada, verificamos, através de um exame mais minucioso, que ele está realmente confinado dentro de limites muito reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experiência.“
HUME, David.
Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1989. Coleção “Os Pensadores”. p. 70.
Com base na citação acima é correto afirmar:
I – as idéias inatas funcionam como fonte de todos os conhecimentos e são, também, o princípio regulador dos conhecimentos humanos, pois nada pode ser concebido sem a vitalidade dessas idéias, que são anteriores a toda experiência.
II – o pensamento constrói uma realidade independente da percepção sensível, pois os sentidos contaminam a inteligência humana com o erro. Para operar com retidão, portanto, o pensamento deve compor, no seu interior, as idéias adventícias com as quais, em seguida, manifestar-se-á sobre a veracidade ou a falsidade das coisas.
III – a base de todo conhecimento é a experiência, pois é ela que permite a formação das impressões, que estando ligadas às coisas, permitem que a inteligência tenha acesso aos objetos do conhecimento.
IV – o conhecimento humano é formado pelas impressões, que são percepções muito vivas e que se diferenciam das idéias, que são percepções menos vivas. Disto se conclui, segundo Hume, que o pensamento por si só é inferior à sensação.
Assinale a alternativa que contém as assertivas verdadeiras. (UFU 2003)

III e IV
I e IV
II e III
I e II

21. “Ser caritativo quando se pode sê-lo é um dever, e há além disso muitas almas de disposição tão compassivas que, mesmo sem nenhum outro motivo de vaidade ou interesse, acham íntimo prazer em espalhar alegria à sua volta, e se podem alegrar com o contentamento dos outros, enquanto este é obra sua. Eu afirmo porém que neste caso uma tal ação, por conforme ao dever, por amável que ela seja, não tem contudo nenhum verdadeiro valor moral, mas vai emparelhar com outras inclinações, por exemplo o amor das honras que, quando por feliz acaso, topa aquilo que efetivamente é de interesse geral e conforme ao dever, é conseqüentemente honroso e merece louvor e estímulo, mas não estima; pois à sua máxima falta o conteúdo moral que manda que tais ações se pratiquem não por inclinação, mas por dever.” (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 113.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o dever em Kant, é correto afirmar: (UEL 2004)

a) Ser compassivo é o que determina que uma ação tenha valor moral.
b) Numa ação por dever, as inclinações estão subordinadas ao princípio moral.
c) A ação por dever é determinada pela simpatia para com os seres humanos.
d) O valor moral de uma ação é determinado pela promoção da felicidade humana.
e) É no propósito visado que uma ação praticada por dever tem o seu valor moral.

22. UEL 2003 - “Embora nosso pensamento pareça possuir esta liberdade ilimitada, verificaremos, através de um exame mais minucioso, que ele está realmente confinado dentro de limites muito reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou de diminuir os materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experiência.” (HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. Trad. de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 36. Coleção Os Pensadores.)
De acordo com o texto, é correto afirmar que, para Hume:

a) Os sentidos e a experiência estão confinados dentro de limites muito reduzidos.
b) Todo conhecimento depende dos materiais fornecidos pelos sentidos e pela experiência.
c) O espírito pode conhecer as coisas sem a colaboração dos sentidos e da experiência.
d) A possibilidade de conhecimento é determinada pela liberdade ilimitada do pensamento.
e) Para formar as idéias, o pensamento descarta os materiais fornecidos pelos sentidos


23. “Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. [...] Na medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional autônomo legisla para si.” (WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. p. 41.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre autonomiaem Kant, considere as seguintes afirmativas:
I. A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, segue a razão pura prática.
II. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal.
III. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de modo autônomo.
IV. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto do desejo.
Estão corretas apenas as afirmativas:(UEL 2004)

a) I e II.
b) I e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

24. UEL 2005 - “O mundo real é simplesmente uma sucessão de movimentos atômicos em continuidade matemática. Nessas circunstâncias, a causalidade só poderia ser colocada, de maneira inteligível, nos próprios movimentos dos átomos [...]. Mas que fazer com Deus? Com a derrubada da causalidade final, Deus, como concebido pelo aristotelismo, estava praticamente perdido; negar francamente sua existência, no entanto, era, à época de Galileu, um passo demasiado radical para que qualquer pensador importante pudesse considerá-lo”. (BURTT, Edwin Arthur. As bases metafísicas da ciência moderna. Trad. de José Viegas Filho e Orlando Araújo Henriques. Brasília: UnB, 1991. p. 78.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Galileu, é correto afirmar:

a) Galileu pretendia construir uma nova metafísica em que a teologia apareceria como princípio último de explicação.
b) Segundo Galileu, tudo o que conhecemos sobre o mundo natural diz respeito à natureza íntima da força, ou de sua essência.
c) Galileu buscava estabelecer o fundamento das convicções a respeito da relação determinante do homem com a natureza.
d) A grandeza revolucionária de Galileu deveu-se a sua atitude de responder questões consideradas para além do domínio da ciência positiva.
e) O interesse de Galileu estava em mostrar que para todo movimento expressável matematicamente existe uma causa primária.

25. (UFU - 2000) A filosofia política de Thomas Hobbes combatia as tendências liberais de sua época. Hobbes sustentava que o poder resultante do pacto político deveria ser

I- ilimitado, julgando sobre o justo e o injusto, acima do bem e do mal e em que a alienação do súdito ao soberano deveria ser total.
II- dividido entre o rei e o parlamento, superando as discórdias e disputas em favor do bem-comum da coletividade.
III- absoluto, podendo utilizar a força das armas para manter a soberania e o silêncio dos súditos.

Assinale a alternativa correta.

A) I e III
B) II e III
C) I e II
D) II


26. “A idéia ilusória da vontade livre deriva de percepções inadequadas e confusas; a liberdade, entendida corretamente, no entanto, não é o estar livre da necessidade, mas sim a consciência da necessidade.” (SCRUTON, Roger. Espinosa. Trad. de Angélica Elisabeth Könke. São Paulo: Unesp, 2000. p. 41.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre liberdade em Espinosa, considere as afirmativas a seguir. I. A liberdade identifica-se com escolha voluntária.
II. A liberdade significa a capacidade de agir espontaneamente, segundo a causalidade interna do sujeito.
III. A liberdade e a necessidade são compatíveis.
IV. A liberdade baseia-se na contingência, pois se tudo no universo fosse necessário não haveria espaço para ações livres.
Estão corretas apenas as afirmativas:(UEL 2004)

a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

27. “Que ninguém espere um grande progresso nas ciências, especialmente no seu lado prático, até que a filosofia natural seja levada às ciências particulares e as ciências particulares sejam incorporadas à filosofia natural. [...] De fato, desde que as ciências particulares se constituíram e se dispersaram, não mais se alimentaram da filosofia natural, que lhes poderia ter transmitido as fontes e o verdadeiro conhecimento dos movimentos, dos raios, dos sons, da estrutura e do esquematismo dos corpos, das afecções e das percepções intelectuais, o que lhes teria infundido novas forças para novos progressos.” (BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 48.)
Com base no texto, é correto afirmar que Francis Bacon: (UEL 2004)

a) Afirma que a única finalidade da filosofia natural é contribuirn para o desenvolvimento das ciências particulares.
b) Defende que o que há de mais importante nas ciências particulares é o seu lado prático.
c) Propõe que o progresso da filosofia natural depende de que ela incorpore as ciências particulares.
d) Constata a impossibilidade de progresso no lado prático das ciências particulares.
e) Vincula a possibilidade do progresso nas ciências particulares à dependência destas à filosofia natural.

28. Aonde morreu Erasmo?
Cambrai
Guda
Basiléia
Paris
Rotterdã

29. De que morreu Leibniz?
Tuberculose
Gota
Peste Negra
Assassinado
Acidentado

30. A respeito dos juízos analíticos e dos juízos sintéticos em Kant, é correto afirmar que: (UFU 2003)
Juízos analíticos ou de experiência são aqueles em que a relação entre o sujeito e seu predicado é pensada sem identidade; juízos sintéticos ou afirmativos são aqueles em que há identidade entre o sujeito e seu predicado.
Juízos analíticos ou afirmativos, são aqueles que resultam da identidade do sujeito com seu predicado; os juízos sintéticos ou de experiência são aqueles que são pensados sem a identidade entre o sujeito e seu predicado.
Juízo analítico é fundado sobre a experiência, porque o fundamento é sempre o testemunho da experiência; os juízos sintéticos, que são princípios de identidade, não acrescentam ao sujeito nenhum predicado novo.
Juízos analíticos, resultantes da identidade do sujeito com o seu predicado, podem ser denominados de juízos de ampliação; os juízos sintéticos, nos quais não há identidade, podem ser denominados de juízos de elucidação.


31. Único livro que o pupilo Emílio de Rousseau leria na infância:
A utopia de Morus
Viagens de Gulliver de Swift
Vidas de Plutarco
Robinson Crusoé de Defoe
Relatos de Viagens de marinheiros.

32. UEL 2003 - “Mas logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade eu penso, logo existo era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que poderia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava.” (DESCARTES, René. Discurso do método. Trad. de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 92. Coleção Os Pensadores.)
De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta.

a) Para Descartes, não podemos conhecer nada com certeza, pois tudo quanto pensamos está sujeito à falsidade.
b) O “eu penso, logo existo” expressa uma verdade instável e incerta, o que fez Descartes ser vencido pelos céticos.
c) A expressão “eu penso, logo existo” representa a verdade firme e certa com a qual Descartes fundamenta o conhecimento e a ciência.
d) As “extravagantes suposições dos céticos” impediram Descartes de encontrar uma verdade que servisse como princípio para a filosofia.
e) Descartes, ao acreditar que tudo era falso, colocava em dúvida sua própria existência.


33. UEL 2005 - “[...] nos tempos antigos era a filosofia que determinava o curso da ciência, o ideal do conhecimento era filosoficamente estipulado; nos tempos modernos, pelo contrário, o ideal científico, físico, do conhecimento passa a determinar o conhecimento metafísico”. (BORNHEIM, Gerd. Galileo Filósofo. In: Estudos sobre Galileo Galilei. Porto Alegre: UFRGS, Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul e Consulado Geral da Itália de Porto Alegre, 1964. p. 78.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre filosofia e ciência, é correto afirmar:

a) O conhecimento científico, a partir da modernidade, determina o conhecimento filosófico.
b) A ciência antiga obteve maior êxito que a ciência moderna pelo fato de ter sido influenciada pela metafísica.
c) A filosofia moderna, por partir da ciência, finalmente atinge a verdade metafísica buscada pelos antigos.
d) A filosofia moderna, quando comparada às suas versões passadas, possui maior aplicabilidade instrumental.
e) A ciência moderna, quando traduzida para o discurso filosófico, resume-se a um conhecimento metafísico.

34. UEL 2005 - “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”. (ROUSSEAU, Jean- Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, é correto afirmar:

a) A desigualdade é um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das condições sociais decorrentes da evolução histórica da humanidade.
b) A finalidade da instituição da sociedade e do governo é a preservação da individualidade e das diferenças sociais.
c) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os outros homens.
d) Rousseau faz uma crítica ao processo de socialização, por ter corrompido o homem, tornando-o egoísta e mesquinho para com os seus semelhantes.
e) Rousseau valoriza a fundação da sociedade civil, que tem como objetivo principal a garantia da posse privada da terra.


35. David Hume escreveu que “podemos, por conseguinte, dividir todas as percepções do espírito em duas classes ou espécies, que se distinguem por seus diferentes graus de força e vivacidade”.
HUME,
D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 69.

Assinale a ÚNICA alternativa, que apresenta estas duas classes de percepções: (UFU 2002)

os pensamentos e as impressões.
as idéias inatas e os dogmas religiosos.
as certezas evidentes e os hábitos sociais.
as superstições e as intuições intelectuais.






36. (UFU - 2000) Sobre a filosofia de Descartes, pode-se afirmar, com certeza, que as suas mais importantes conseqüências foram

I- a afirmação do caráter absoluto e universal da razão que, através de suas próprias forças, pode descobrir todas as verdades possíveis.
II- a adoção do Método Matemático, que permite estabelecer cadeias de razões.
III- a superação do dualismo psico-físico, isto é, a dicotomia entre corpo e consciência.

Assinale a alternativa correta.

A) II e III
B) III
C) I e III
D) I e II

37. “O maquiavelismo é uma interpretação de O Príncipe de Maquiavel, em particular a interpretação segundo a qual a ação política, ou seja, a ação voltada para a conquista e conservação do Estado, é uma ação que não possui um fim próprio de utilidade e não deve ser julgada por meio de critérios diferentes dos de conveniência e oportunidade.” (BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant. Trad. de Alfredo Fait. 3.ed. Brasília: Editora da UNB, 1984. p. 14.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, para Maquiavel o poder político é:
(UEL 2004)

a) Independente da moral e da religião, devendo ser conduzido por critérios restritos ao âmbito político.
b) Independente da conveniência e oportunidade, pois estas dizem respeito à esfera privada da vida em sociedade.
c) Dependente da religião, devendo ser conduzido por parâmetros ditados pela Igreja.
d) Dependente da ética, devendo ser orientado por princípios morais válidos universal e necessariamente.
e) Independente das pretensões dos governantes de realizar os interesses do Estado.

38. “Não sendo o Estado ou a Cidade mais que uma pessoa moral, cuja vida consiste na união de seus membros, e se o mais importante de seus cuidados é o de sua própria conservação, torna-se-lhe necessária uma força universal e compulsiva para mover e dispor cada parte da maneira mais conveniente a todos. Assim como a natureza dá a cada homem poder absoluto sobre todos os seus membros, o pacto social dá ao corpo político um poder absoluto sobre todos os seus, e é esse mesmo poder que, dirigido pela vontade geral, ganha, como já disse, o nome de soberania.” (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. 3.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1994. p. 48.)
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre os conceitos de Estado e soberania em Rousseau, é correto afirmar.(UEL 2004).

a) A soberania surge como resultado da imposição da vontade de alguns grupos sobre outros, visando a conservar o poder do Estado.
b) O estabelecimento da soberania está desvinculado do pacto social que funda o Estado.
c) O Estado é uma instituição social dependente da vontade impositiva da maioria, o que configura a democracia.
d) A conservação do Estado independe de uma força política coletiva que seja capaz de garanti-lo.
e) A soberania é estabelecida como poder absoluto orientado pela vontade geral e legitimado pelo pacto social para garantir a conservação do Estado.



39. De acordo com Rousseau, “A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudança muito notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça e dando às suas ações a moralidade que antes lhes faltava.”

ROUSSEAU, Jean-Jacques.
Do contrato social. São Paulo: Abril Cultural, 1983. Coleção “Os Pensadores”. p.36.
Sobre a passagem do estado de natureza para o estado civil, é correto afirmar que (UFU 2003)

o homem mantém a liberdade natural e o direito irrestrito, e ainda ganha uma moralidade muito particular guiada pelo seu puro apetite.
o homem perde a liberdade natural e o direito à propriedade, mas adquire a obrigação de seguir sua própria vontade.
o homem perde a liberdade natural e o direito ilimitado, mas ganha a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.
o homem mantém a liberdade natural e o direito ilimitado, mas abdica da liberdade civil em favor da liberdade moral.

40. (UFU - 2001) - Descartes (1596-1650) é importante para a Filosofia Moderna porque foi quem superou o ceticismo da filosofia do século XVI. Embora tenha se servido do recurso dos céticos - a dúvida - , Descartes utilizou este recurso para atingir a idéia clara e distinta, algo evidente e, portanto, irrefutável. Com base neste argumento,

I- a evidência não diz respeito à clareza e à distinção das coisas;
II- a análise é o procedimento que deve ser realizado para dividir as dificuldades até a sua menor parte;
III- a enumeração é a primeira regra do método para a investigação da verdade;
IV- a síntese proporciona a ordem para os raciocínios, desde o mais simples até o mais complexo.

Estão corretas as afirmações:

A) I, II e III
B) I, III e IV
C) II e IV
D) II e III

41. (UFU - 2001) - Cartesius era o nome latino de Descartes. Daí, denominarem de cartesiano o pensamento do filosófo francês, Descartes.

Assinale a alternativa que caracteriza, corretamente, o pensamento cartesiano.

A) As idéias inatas são obscuras e falsas, já que o verdadeiro conhecimento "vem de fora".
B) As idéias inatas resultam, exclusivamente, da capacidade de pensar do homem, por isso, são verdadeiras, já que não nascem com eles.
C) O fundamento do pensamento é a dúvida, já que é puro pensamento.
D) Para Descartes, Deus, era um ser perfeito e, nesse sentido, não se pode provar sua existência.









42. UEL 2005 - “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.)
Com base no texto, é correto afirmar:

a) O espírito possui uma idéia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta idéia possa ser conhecida com evidência.
b) A idéia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma conseqüência dos limites do espírito humano.
c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.
d) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.
e) A existência de Deus, como uma idéia clara e distinta, é impossível de ser provada.


43. (UFU - 1999) - Kant, filósofo alemão do séc. XVIII, realiza uma "revolução copernicana", ao afirmar que

I - o sujeito do conhecimento é a própria razão universal e não uma subjetividade pessoal e psicológica, pois é sujeito conhecedor.
II- por ser inata e não depender da experiência para existir, a razão, do ponto de vista do conhecimento, é anterior à experiência; sua estrutura é a "priori".
III- a experiência determina o conhecimento para a razão e fornece a forma (universal e necessária) do conhecimento.

Assinale

A) se as afirmações I e II são corretas.
B) se as afirmações I e III são corretas.
C) se apenas a afirmação I é correta.
D) se as afirmações II e III são corretas.

44. UEL 2005 - “[...] Aristóteles estabelecia antes as conclusões, não consultava devidamente a experiência para estabelecimento de suas resoluções e axiomas. E tendo, ao seu arbítrio, assim decidido, submetia a experiência como a uma escrava para conformá-la às suas opiniões”. (BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 33.)
Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a interpretação que Bacon fazia da filosofia aristotélica.

a) A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência como o fundamento da ciência.
b) Aristóteles consultava a experiência para estabelecer os resultados e axiomas da ciência.
c) Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico deveria submeter-se, como um escravo, ao conhecimento da experiência.
d) Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia que tem como conseqüência a desvalorização da experiência.
e) Aristóteles valorizava a experiência, por considerá-la um caminho seguro para superar a opinião e atingir o conhecimento verdadeiro.




45. (UFU - 2001) - As assertivas abaixo referem-se ao pensamento político de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).

I- No estado de natureza os indivíduos vivem isolados e vagueando pela imensa selva, sobrevivem com aquilo que a natureza lhes oferece, desconhecem as lutas; este estágio equivale ao estado de felicidade original: o homem é o bom selvagem.
II- O que originou o estado de sociedade foi o aparecimento da propriedade privada, isto é, a divisão arbitrária que define o que é meu e o que é teu; tal situação, acarretou o rompimento do estado de felicidade original.
III- O governante é o indivíduo que está investido da soberania, é ele que representa a vontade geral; sob esta situação política, o povo transfere de livre e espontânea vontade os seus direitos civis ao governante.

Assinale a única alternativa que contém as afirmativas corretas.

A) Apenas I e II.
B) Apenas I e III.
C) Apenas II e III.
D) I, II e III.


46. UEL 2005 “Poder-se-ia [...] acrescentar à aquisição do estado civil a liberdade moral, única a tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo, porque o impulso do puro apetite é escravidão, e a obediência à lei que se estatui a si mesma é liberdade”. (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 37.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Rousseau, é correto afirmar:

a) As leis condizentes com a liberdade moral dos homens devem atender aos seus apetites.
b) A liberdade adquire sentido para os homens na medida em que eles podem desobedecer às leis.
c) O homem livre obedece a princípios, independentemente de eles também valerem para a sociedade.
d) O homem afirma sua liberdade quando obedece a uma lei que prescreve para si mesmo.
e) É no estado de natureza que o homem pode atingir sua verdadeira liberdade.

47. (UFU - 2001) Para Hobbes (1588-1679), o homem reconhece a necessidade de renunciar ao seu direito sobre todas as coisas em favor de um "contrato". Isso implica também na abdicação de sua vontade em favor de "um homem ou assembléia de homens, como representantes" da sua pessoa. Assim para Hobbes o contrato social se justifica porque
A) a situação dos homens, entregues a si próprios, é de segurança, de estabilidade e de felicidade, graças a esta organização primitiva, os homens vivem sempre em paz e harmonia.
as disputas são importantes para o desenvolvimento da indústria, da agricultura, da ciência, da navegação, enfim, é ela a responsável pelas comodidades e por todo o bem-estar dos homens.
os interesses egoístas predominam entre os homens, a ponto de cada indivíduo representar um perigo eminente aos outros indivíduos, de modo que o homem se torna o lobo do próprio homem.
D) o homem é sociável por natureza e, por meio dela, é levado a fundar um estado social pautado pela autoridade política, abdicando dos seus direitos em favor de um corpo político.







48. Hume escreveu: “Quando pensamos numa montanha de ouro, apenas unimos duas idéias compatíveis, ouro e montanha, que outrora conhecêramos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, pois o sentimento que temos de nós mesmos nos permite conceber a virtude e podemos uni-la à figura e forma de um cavalo, que é um animal bem conhecido”.
HUME. “Investigações acerca do entendimento humano” — Seção II. In:
Da origem das idéias. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1989. (Grifos do autor).
Observando os exemplos empregados pelo filósofo escocês, analise as assertivas abaixo.
I - Todas as idéias utilizadas pela razão originam-se, diretamente, do pensamento puro, sem nenhuma relação com as sensações.
II - A vinculação de uma coisa — o ouro, com outra — a montanha, não depende da vontade de querer associálas.
III - Tudo aquilo que está no pensamento deriva das sensações externas e internas: o cavalo e a virtude do exemplo acima.
IV - Toda composição das coisas, conhecidas em separado, depende do espírito e da vontade que as empregam.
Assinale a alternativa que contém as assertivas verdadeiras. (UFU - 2002)

Apenas II e III.
Apenas I, III e IV.
Apenas I e II.
Apenas III e IV.

49. UEL 2005 - “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons oun maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar:

a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para governar.
b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para queseu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo.
c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros.
d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha um projeto político perfeito.
e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros.


50. (UFU - 2001) - A respeito da filosofia de David Hume (1711-1776), escolha entre as alternativas abaixo a única que oferece, respectivamente, uma característica empirista e uma característica cética do pensamento deste filósofo escocês.
A) Nenhuma idéia complexa pode ser derivada das sensações; a idéia de eu pode ser representada pelo pensamento puro.
B) As idéias simples são inatas e independem dos sentidos; a causalidade é uma conexão necessária e facilmente observável.
C) As idéias se originam da experiência sensível; as impressões não são constantes e invariáveis a ponto de constituir a idéia de eu.
D) A relação causa-efeito é apreendida pelo raciocínio a priori; as impressões são variáveis, por isso não há nada de regular no mundo.





51. (UFU - 2001) - John Locke (1632-1704), vigoroso adversário do absolutismo, nos seus escritos políticos partiu da situação de que os homens isolados no estado de natureza buscaram se reunir por intermédio de um contrato social, tendo em vista a edificação da sociedade civil. Esta ação política associativa, quando concretizada, confere soberania ao:
A) Poder Legislativo.
B) Poder Executivo.
C) Poder Federativo.
D) Povo.

52. (UFU - 1999) - Kant, filósofo alemão do séc. XVIII, realiza uma "revolução copernicana", ao afirmar que

I - o sujeito do conhecimento é a própria razão universal e não uma subjetividade pessoal e psicológica, pois é sujeito conhecedor.
II- por ser inata e não depender da experiência para existir, a razão, do ponto de vista do conhecimento, é anterior à experiência; sua estrutura é a "priori".
III- a experiência determina o conhecimento para a razão e fornece a forma (universal e necessária) do conhecimento.

Assinale

A) se as afirmações I e II são corretas.
B) se as afirmações I e III são corretas.
C) se apenas a afirmação I é correta.
D) se as afirmações II e III são corretas.

53. UEL 2005 - “É na verdade conforme ao dever que o merceeiro não suba os preços ao comprador inexperiente, e quando o movimento do negócio é grande, o comerciante esperto também não faz semelhante coisa, mas mantém um preço fixo geral para toda a gente, de forma que uma criança pode comprar em sua casa tão bem como qualquer outra pessoa. É-se, pois servido honradamente; mas isto ainda não é bastante para acreditar que o comerciante tenha assim procedido por dever e princípios de honradez; o seu interesse assim o exigia; mas não é de aceitar que ele além disso tenha tido uma inclinação imediata para os seus fregueses, de maneira a não fazer, por amor deles, preço mais vantajoso a um do que outro”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 112.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o conceito de dever em Kant, considere as afirmativas a seguir, sobre a ação do merceeiro.
I. É uma ação correta, isto é, conforme o dever.
II. É moral, pois revela honestidade na relação com seus clientes.
III. Não é uma ação por dever, pois sua intenção é egoísta.
IV. É honesta, mas motivada pela compaixão aos semelhantes.
Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.








54. O esclarecimento exige liberdade. Kant associou a liberdade ao exercício da razão em todas as circunstâncias da vida. Frente às informações apresentadas, analise as assertivas abaixo.
I - A liberdade consiste no uso público da razão, ou seja, cada um faz uso de sua própria razão e fala em seu próprio nome.
II - O uso privado da razão é, sempre e em todas as circunstâncias, o impedimento do progresso do esclarecimento.
III - A prática de uma profissão, a do professor por exemplo, quando destituída de crítica, ela é tão só o uso privado da razão.
IV - O sábio é aquele que, além de desempenhar uma função profissional, exerce sua liberdade de expor publicamente suas idéias.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas. (UFU 2002)

II, III e IV
I, II e III
I, III e IV
II e IV

55. O criticismo de Kant representa a reação do pensamento do Século das Luzes à polarização decorrente do racionalismo e do empirismo do século anterior. Logo, na introdução da sua obra Crítica da razão pura, Kant defende a realização da revolução copernicana na filosofia. Sobre esta revolução, analise as assertivas abaixo.
I - A filosofia, até então, sempre se guiou pelos instintos, deixando sempre no plano inferior o objeto do conhecimento.
II - Nas atividades filosóficas é preciso que o objeto seja regulado pelo conhecimento humano, o conhecimento a priori.
III - O conhecimento a priori resulta da faculdade de intuição, cuja comprovação é alcançada com a experiência.
IV - Só é verdadeiro o conhecimento resultante da experiência, quando esta toma o objeto como a coisa em si mesma, sem o auxílio da razão.
Assinale a alternativa que contém as assertivas verdadeiras. (UFU - 2002)

Apenas II e IV.
Apenas I, II e IV.
Apenas II e III.
Apenas I, III e IV.

56. UEL 2003 - “O imperativo categórico é portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.” (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.)
Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:

a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.
b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.
c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de autoconservação.
d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.







57. UEL 2003 - “Sabemos que Hobbes é um contratualista, quer dizer, um daqueles filósofos que, entre o século XVI e o XVIII (basicamente), afirmaram que a origem do Estado e/ou da sociedade está num contrato: os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização – que somente surgiriam depois de um pacto firmado por eles, estabelecendo as regras de comércio social e de subordinação política.” (RIBEIRO, Renato Janine. Hobbes: o medo e a esperança. In: WEFFORT, Francisco. Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. p. 53.)
Com base no texto, que se refere ao contratualismo de Hobbes, considere as seguintes afirmativas:
I. A soberania decorrente do contrato é absoluta.
II. A noção de estado de natureza é imprescindível para essa teoria.
III. O contrato ocorre por meio da passagem do estado social para o estado político.
IV. O cumprimento do contrato independe da subordinação política dos indivíduos.
Quais das afirmativas representam o pensamento de Hobbes?

a) Apenas as afirmativas I e II.
b) Apenas as afirmativas I e III.
c) Apenas as afirmativas II e III.
d) Apenas as afirmativas II e IV.
e) Apenas as afirmativas III e IV.


58. 59. “[...] a maneira pela qual Galileu concebe um método científico correto implica uma predominância da razão sobre a simples experiência, a substituição de uma realidade empiricamente conhecida por modelos ideais (matemáticos), a primazia da teoria sobre os fatos. Só assim é que [...] um verdadeiro método experimental pôde ser elaborado. Um método no qual a teoria matemática determina a própria estrutura da pesquisa experimental, ou, para retomar os próprios termos de Galileu, um método que utiliza a linguagem matemática (geométrica) para formular suas indagações à natureza e para interpretar as respostas que ela dá.” (KOIRÉ, Alexandre. Estudos de história do pensamento científico. Trad. de Márcia Ramalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 1991. p. 74.)
Com base no texto, é correto afirmar que o método científico de Galileu:(UEL 2004)

a) É experimental e necessita de uma instância teórica que antecede a experiência.
b) É um método segundo o qual a experiência interpreta a natureza.
c) É independente da experiência, pois a razão está afastada da mesma.
d) É um método no qual há o predomínio da experiência sobre a razão.
e) É um método segundo o qual a matemática determina a estrutura da natureza.

60. (UFU - 1998) - Para Rousseau, o contrato não faz o povo perder a soberania, pois não é criado um Estado separado do próprio povo. Isto é possível, porque
A) o contrato surge de uma visão individualista do homem;o indivíduo preexiste ao Estado e o pacto visa garantir os interesses e a propriedade dos indivíduos.
B) não existe democracia mas um governo absoluto que não pode ser contestado.
C) são os interesses privados que expressam a vontade geral e que, através do contrato, criam o Estado.
D) "a essência humana é ser livre da dependência das vontades alheias, e a liberdade existe como exercício de posse".
E) soberano é o corpo coletivo que expressa, através da lei, a vontade geral.







61. UEL 2005 - “Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível [...]. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz”. (CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Trad. de Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato político em Hobbes, considere as afirmativas a seguir.
I. A renúncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recíproca entre os indivíduos.
II. A renúncia aos direitos, que caracteriza o contrato político, significa a renúncia de todos os direitos em favor do soberano.
III. Os procedimentos necessários à preservação da paz e da segurança competem aos súditos cidadãos.
IV. O contrato que funda o poder político visa pôr fim ao estado de guerra que caracteriza o estado de natureza.
Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.


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